ÔMEGA
Sou uma página em branco,
do diário dos deuses,
as garras da águia,
no dia do caçador.
Desprezo á todos ,
inclusive a mim mesmo,
mas não me desprezo,
como desprezador.
Pela paz travo guerras,
só odeio quando sinto amor,
a noite sou trevas,
a luz do corredor.
Sou a loucura do sábio,
a sabedoria do louco,
o desespero de muitos ,
a calma de poucos.
O elogiado dos homens bons,
o venerado dos homens maus,
a tristeza da última despedida,
entre a esperança e o caos.