ÔMEGA

Sou uma página em branco,

do diário dos deuses,

as garras da águia,

no dia do caçador.

Desprezo á todos ,

inclusive a mim mesmo,

mas não me desprezo,

como desprezador.

Pela paz travo guerras,

só odeio quando sinto amor,

a noite sou trevas,

a luz do corredor.

Sou a loucura do sábio,

a sabedoria do louco,

o desespero de muitos ,

a calma de poucos.

O elogiado dos homens bons,

o venerado dos homens maus,

a tristeza da última despedida,

entre a esperança e o caos.

Alfeu Luiz
Enviado por Alfeu Luiz em 22/05/2008
Reeditado em 26/05/2008
Código do texto: T1001275