DECERTO, INCERTA É A SOLIDÃO
Não tenho mais preocupação
com as coisas que escrevo.
Comprometo-me com aquela estada,
neste mesmo quarto medíocre.
Paredes mal pintadas e sujas,
combinando com ideias invariáveis.
Na cama, o mesmo velho lençol
cobrindo um corpo que uso.
Algumas fotos das quais
preciso me desfazer,
Discos compactos com gravações
sem sentido,
e o piso frio contrastando
com a paz sem calma,
paradoxos da alma
sempre desassossegada.
As flores da idade
murchando nas janelas imaginárias,
amores que entram e saem
pela mesma velha porta sem trinco...
e eu, entre tantos papéis,
desempenhando minha solidão.
Falta-me a privacidade
daqueles que têm luz própria.
No escuro
de minhas acordâncias,
fecho com o desatino.
Acendo outro cigarro
aspirando algum destino,
improviso versos soltos
sem rimas certas.
Encontro-me neste quarto,
numa de minhas partes,
mergulhada na mesmice
de minhas horas desertas...
Não tenho mais preocupação
com as coisas que escrevo.
Comprometo-me com aquela estada,
neste mesmo quarto medíocre.
Paredes mal pintadas e sujas,
combinando com ideias invariáveis.
Na cama, o mesmo velho lençol
cobrindo um corpo que uso.
Algumas fotos das quais
preciso me desfazer,
Discos compactos com gravações
sem sentido,
e o piso frio contrastando
com a paz sem calma,
paradoxos da alma
sempre desassossegada.
As flores da idade
murchando nas janelas imaginárias,
amores que entram e saem
pela mesma velha porta sem trinco...
e eu, entre tantos papéis,
desempenhando minha solidão.
Falta-me a privacidade
daqueles que têm luz própria.
No escuro
de minhas acordâncias,
fecho com o desatino.
Acendo outro cigarro
aspirando algum destino,
improviso versos soltos
sem rimas certas.
Encontro-me neste quarto,
numa de minhas partes,
mergulhada na mesmice
de minhas horas desertas...