A moça de Bly (referência fictícia)
Ela se foi, tão bela era ela
Uma heroína, sofredora
Brilhava aos olhos da governanta
Tocava o coração da jardineira.
Era assombrada por tanto tempo
Pela culpa que não merecia
Mas numa mansão assombrada
Ela conhecia as dores compartilhadas.
Um romance ou um terror?
Os dois, é a verdade
Um romance pode ser um terror
E um terror pode ser um romance.
Estar preso num poço sem fundo
A pairar por memórias vagas e sombrias
Eternas lamentações improdutivas
Traziam aos fantasmas o sofrimento.
Mas pela vida de uma garotinha,
À dama do lago, ela se entregou
E assim, o mau se quebrou
E uma alma levou.
A jardineira chorou, chorou
Perdeu seu bem mais precioso
Mas no fim, desfrutou
Do seu eterno amor assombrado.
Ela já não estava mais ali em vida,
Mas à noite, era como se estivesse,
Após ter esperado o dia todo,
Só para estar ao lado do amor da sua vida.