O CÉU NÃO TEM PLACAS
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Meu sonho acabou
às dez da manhã de ontem
mas eu somente acordei
às onze e meia de hoje...
Com um feixe de luz
quente em meu rosto
a cidade queimando em
quarenta graus sertanejos.
No sonho era Eu, no céu...
driblando festas, driblando os deuses antigos, talvez refutados, mas ali, perdoados e aceitos.
Eram rodas de orações
entre rodas gigantes e danças sem fim...
Era um solista de Cello
para cada ponta de rua...
Guitarristas solando
Rocks de cima dos
edifícios de caiam
bichinhos alados
e crianças anjos...
Eram cachoeiras,
vizinhas de praias e também
de cafés e de lanchonetes.
E Eu continuava perdido.
correndo, parando, respirando...
correndo parando, respirando...
sentava-me um pouco,
pegava mais um ar
e corria de novo...
Atrás de você.