O CÉU NÃO TEM PLACAS

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Meu sonho acabou

às dez da manhã de ontem

mas eu somente acordei

às onze e meia de hoje...

Com um feixe de luz

quente em meu rosto

a cidade queimando em

quarenta graus sertanejos.

No sonho era Eu, no céu...

driblando festas, driblando os deuses antigos, talvez refutados, mas ali, perdoados e aceitos.

Eram rodas de orações

entre rodas gigantes e danças sem fim...

Era um solista de Cello

para cada ponta de rua...

Guitarristas solando

Rocks de cima dos

edifícios de caiam

bichinhos alados

e crianças anjos...

Eram cachoeiras,

vizinhas de praias e também

de cafés e de lanchonetes.

E Eu continuava perdido.

correndo, parando, respirando...

correndo parando, respirando...

sentava-me um pouco,

pegava mais um ar

e corria de novo...

Atrás de você.

Henrique Britto
Enviado por Henrique Britto em 18/10/2023
Reeditado em 18/10/2023
Código do texto: T7911463
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