PIAUITINGA DIÁRIO!
Quem não contempla entristecido,
Com lágrimas nos olhos,
O descaso gritante com o nosso rio,
Que tanto cuida e mata a sede de cada um.
O destrato com suas águas, com seu leito.
Animais mortos, como são jogados,
Dejetos orgânicos, há tanto depositados.
E tanta hipocrisia causa espanto.
Quantos, mentindo, dizem ter enorme amor!?
E serve de discurso para Autoridades,
Que não vê tantas necessidades.
De cuidar das suas margens,
De dragar seu leito, nem mesmo reflorestar.
E pouco a pouco, nosso Piauitinga,
Está dando seu último suspiro!
Com enorme descaso
O transformam em depósito de lixo,
Subprodutos de cítricos, total podridão,
São escoados, leito abaixo,
Para este rio tão bom, que te pede socorro!
E gritos e vistas insensíveis,
Não ouvem o lamento último deste rio.
Que outro, mesmo agora, inda é recanto
Onde se contempla o belo.
E de tanta hipocrisia, constroem em suas margens,
Proibindo a extensão de tanta vida,
Que só te pede uma chance de respirar,
Continuar a ser vida na tua vida.