Ainda lembro da rosa.

Ainda lembro do aroma da rosa
Que abria á janela larga do eco
Sepultando no altar branco do vento
E me mostrando a rota das horas

A rosa está na luz do entardecer
Semeando a alegreia em cachos
No cabide suave da solidão
Onde tudo significa à parte

A chuva lisa corria
Entre o rosto aberto da lágrima
Aquietando a emoção partida
Em fios transparentes de sonhos

O dia ardia na tristeza
Ceifando a voz  num delírio
E penetrava no encanto das horas
Desfiando toda a lembrança pulsante




 
Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 01/06/2020
Reeditado em 01/06/2020
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