Olhos da ninfa
O lago era transparente, completamente cristalino.
Tão qual as finas asas da alva ninfa Dokonalost que alí se banhava todas as manhãs, ao crepúsculo matutino.
Dokonalost possuia olhos cirurgicamente sensíveis para enxergar o abstracionismo das conformações que existissem.
A essência estética lhe era puro êxtase as-deixavam em calmaria profunda, assim o seu redor lhe consetisse.
Seu encanto e predileção pela graciosa natureza era infinita.
Sua paixão central era por figurações abstracionistas, e via tamanha beleza nelas da mesma forma belíssima da então figura afrodita.
"Tu és banhada de rara beleza, oh ninfa do oriente terral! Teu corpo e teus leves cabelos superam o brilho de qualquer pedra rara ou diamante, talvez até mesmo as que viajam pelo espaço sideral."
Dokonalost exergava beleza somente nas coisas exteriores muita das quais, nem podia alcançar.
Toda sua beleza que lhe era imensa nunca foi apreciada por sí mesma, mas a natureza será sempre testemunha e é capaz de nuançar.
Amante da luz e das cores quentes do verão, a ninfa alva do lago mantia esse fogo visual ardendo em seu pleno coração.
Porém tanta luz exuberante e excessiva cansaram sua finíssima retina, corrompendo-lhe sua vulnerável visão.
Dokonalost passou a sentir-se aflita e inquieta ao saber que enxergava agora de forma tão ofuscada.
Deveria ter tido mais prudência ao venerar toda arte com sua vista sensível e ratificada.
Do rubro vermelho ela passou a ver um fraco alaranjado e do violeta reluzente um meio roxo desbotado.
Até mesmo o amarelo forte predominante das folhas belas do lado norte, tomaram forma de um esverdeado semi-acabado.
Nem mesmo do modo que se tornara sua visão tirou da linda ninfa seu encanto pelas formas mais diversas.
Mas desde então se tornara até mais triste, vendo seus plenos olhos enxergarem de forma tão transversa.
Mas sabe-se que ainda assim seu encanto por toda beleza existente nunca houve um cessar.
Sabe-se que para sempre, os olhos cinzas da alva ninfa haverá ainda de se impressionar.