ANDARILHO NOTURNO

Estou me sentindo tão triste, inferiorizada

Acho que não gosto mais de mim

O tempo fez-me assim

Às vezes, sinto-me um andarilho noturno

O único momento que traz um pouco de liberdade

Que posso ser eu

Sem medos, sem culpas

Porém, é tão curta a noite

As horas passam tão rápidas

E tão logo o sol começa a surgir

Meu eu se recolhe

E a tristeza, volta a tomar conta de mim

Não me sinto capaz de lutar

Um peso cai sobre o meu corpo

Sinto-me instigada a esconder-me

Isolar-me do mundo

Um misto de sentimentos

Confundem a minha mente

Sinto raiva de mim

Quero fugir, fugir

Pegar carona nas asas do vento

E pousar no lugar mais distante

Esconder-me, de tudo, de mim

Onde nem o sol, nem a lua

Possam encontrar-me

Nem mesmo você!

MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI
Enviado por MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI em 29/07/2019
Reeditado em 10/05/2021
Código do texto: T6707276
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