A GEADA
Geada, geada, geou
O pasto seu manto queimou
E a formação fria e branca,
Tropa e homem encarangou.
O inverno lá do pampa
Tem seus dias de apelo
Nem graspa e roupa grossa adiantam
Quando se tem que quebrar o gelo.
No galpão a proteção pleiteada
Quando aceso ao centro, o fogo de chão,
Protegendo as manhãs da peonada
Valorizando o calor do chimarrão.
Geada, geada, geou,
O pasto seu manto queimou
E a formação fria e branca,
Tropa e homem encarangou.
No amanhecer de sentimento gelado
No instante que a cerração baixa
Surge um astro rei amarelado
Dizem, são dias de sol que racha.
No alvorecer bate-queixo, a hora crucial
É quando se atinge a temperatura mais gelada
Agasalhar-se muito para suportar, é vital,
E enfrentar é preciso, mais um despertar com geada.
Geada, geada, geou,
O pasto seu manto queimou
E a formação fria e branca,
Tropa e homem encarangou. Jofrei