O Galope e o Cantar das Tropas
Na imensidão do pampa, o sol desponta a brilhar,
E no galope ligeiro, o gaúcho vai a cavalgar.
Cruzando as planícies largas, de horizonte sem fim,
As tropas seguem o canto, num compasso sem fim.
O vento minuano assovia, companheiro de jornada,
Enquanto os cascos ressoam na terra batida e marcada.
Cada passo é uma história, cada trilha uma canção,
E o gaúcho segue firme, com as tropas e o coração.
As tropas cantam baixinho, ao som do movimento,
Nos passos firmes e cadenciados, é o pampa em pensamento.
Carregam nas crinas o tempo, nos olhos a saudade,
De quem percorre caminhos em busca de liberdade.
O galope é poesia, no chão que vibra ao toque,
E o gaúcho conduz a vida, no balanço do trote.
Nas madrugadas frias, a lua é sua companheira,
Iluminando a jornada, sob a pampa verdadeira.
Nas paragens silenciosas, o grito ecoa distante,
O tropeiro se torna lenda, um andarilho errante.
Guiando as tropas serenas, que seguem seu destino,
Cruzando rios e montanhas, com o olhar peregrino.
E assim vai o gaúcho, nas longas estradas do sul,
Onde o galope é rei e a tropa tem um céu azul.
O pampa é seu lar, a tropa, sua canção,
E cada viagem é um verso, cravado no coração.
Enquanto o sol se põe, as tropas seguem o canto,
E o gaúcho, de olhar firme, vai buscando seu encanto.
Pois o galope não cansa, e as tropas não param jamais,
São parte da alma gaúcha, que vive em todos os ancestrais.