O Galope e o Cantar das Tropas

Na imensidão do pampa, o sol desponta a brilhar,

E no galope ligeiro, o gaúcho vai a cavalgar.

Cruzando as planícies largas, de horizonte sem fim,

As tropas seguem o canto, num compasso sem fim.

O vento minuano assovia, companheiro de jornada,

Enquanto os cascos ressoam na terra batida e marcada.

Cada passo é uma história, cada trilha uma canção,

E o gaúcho segue firme, com as tropas e o coração.

As tropas cantam baixinho, ao som do movimento,

Nos passos firmes e cadenciados, é o pampa em pensamento.

Carregam nas crinas o tempo, nos olhos a saudade,

De quem percorre caminhos em busca de liberdade.

O galope é poesia, no chão que vibra ao toque,

E o gaúcho conduz a vida, no balanço do trote.

Nas madrugadas frias, a lua é sua companheira,

Iluminando a jornada, sob a pampa verdadeira.

Nas paragens silenciosas, o grito ecoa distante,

O tropeiro se torna lenda, um andarilho errante.

Guiando as tropas serenas, que seguem seu destino,

Cruzando rios e montanhas, com o olhar peregrino.

E assim vai o gaúcho, nas longas estradas do sul,

Onde o galope é rei e a tropa tem um céu azul.

O pampa é seu lar, a tropa, sua canção,

E cada viagem é um verso, cravado no coração.

Enquanto o sol se põe, as tropas seguem o canto,

E o gaúcho, de olhar firme, vai buscando seu encanto.

Pois o galope não cansa, e as tropas não param jamais,

São parte da alma gaúcha, que vive em todos os ancestrais.

Thiago Sasso
Enviado por Thiago Sasso em 24/10/2024
Código do texto: T8180904
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