Alma de Pampa

No vasto pampa, semeado pelo vento,

vive o gaúcho de alma livre e andar solto,

no Brasil, Uruguai e Argentina, irmãos de sangue,

um povo só, dividido apenas por um traço no mapa, a contragosto.

São homens e mulheres de chapéu e bombacha,

laço na mão e cavalo a trotar,

guardam a tradição no peito,

cavalgam juntos, cruzam fronteiras, sem nunca se separar.

No Brasil, ergue a cuia de chimarrão,

o fogo da tradição nunca se apaga,

no Uruguai, o mesmo mate, o mesmo abraço,

terra que celebra a mesma prenda, a mesma adaga.

Na Argentina, onde o tango se encontra com o vento,

o gaúcho dança em silêncio, ao som do chão,

compartilham um céu de nuvens errantes,

onde o sol se põe sobre o pampa como uma oração.

O mesmo campo, a mesma planura,

a mesma coragem, o mesmo rincão,

não importa o lado da fronteira,

o coração é um só, uma mesma paixão.

São três nações, uma só alma,

onde o gado pasta e o cavalo galopa,

gaúchos que celebram a mesma essência,

de liberdade, de luta e de esperança que brota.

Que viva o gaúcho em todas as terras,

nos pampas do Sul que a todos abraça,

pois onde houver céu e campo aberto,

lá estará o gaúcho, semeando a própria raça.

A poesia Alma de Pampa presta homenagem ao gaúcho que vive no Brasil, Uruguai e Argentina, destacando a unidade e o espírito compartilhado desse povo que, apesar das fronteiras, mantém uma identidade comum. Ela explora a vasta paisagem dos pampas, onde esses gaúchos, unidos pelo amor à terra e pela cultura, vivem em harmonia com a natureza e preservam tradições como o chimarrão, a bombacha e o laço.

A poesia reflete a diversidade das três nações, mas celebra a essência única do gaúcho: um símbolo de liberdade, coragem e união. Ao trazer elementos específicos de cada país, como o chimarrão no Brasil, a mesma cultura de mate no Uruguai e a melodia do tango na Argentina, o poema sublinha como o gaúcho transcende fronteiras, cultivando uma herança que é simultaneamente local e universal. É uma celebração da cultura e da irmandade que os gaúchos compartilham, onde quer que o pampa se estenda.