A Chegada Italiana

Embarcaram de terras distantes,

sonhos na bagagem, esperança no olhar,

os italianos valentes, de mãos calejadas,

chegaram ao Sul, com o mundo a recomeçar.

Das colinas verdes de Itália, saudades levavam,

vinham buscar no novo chão um futuro promissor,

carregando no peito a força e a bravura

e, no coração, um povo cheio de fervor.

No solo fértil da serra, raízes lançaram,

ergueram parreirais, ergueram o lar,

sob o sol e a chuva, as mãos a labutar,

de pedra em pedra, fizeram o chão prosperar.

A língua se misturou com o dialeto gaúcho,

o acordeon tocava, o vinho a brindar,

e, aos poucos, no Sul, a alma italiana

em cada riso e festa começou a pulsar.

Trouxeram a festa, a fé e a tradição,

os costumes que o tempo não apaga jamais,

e hoje, nos vales e montanhas do estado,

vive o legado desses nobres ancestrais.

Então, brindo aos italianos que aqui chegaram,

ao sangue, à cultura, ao suor desse chão,

pois na história do Rio Grande do Sul, eles são

parte viva dessa rica nação.

A poesia A Chegada Italiana celebra a contribuição dos imigrantes italianos ao estado do Rio Grande do Sul. Ela descreve a jornada desses imigrantes, que deixaram suas terras natais em busca de um novo começo, trazendo consigo tradições, fé e o espírito de trabalho árduo. Através de versos que evocam a cultura italiana mesclada à gaúcha, a poesia ressalta como esses imigrantes se estabeleceram na região da Serra Gaúcha, cultivando vinhedos e construindo suas comunidades. A herança italiana é homenageada como parte essencial do patrimônio cultural do Rio Grande do Sul, refletindo a mistura de culturas que caracteriza o estado até hoje.