As Estações do Pago Gaúcho
No Rio Grande do Sul, o ano é uma dança,
de estações que passam, e a alma se lança,
cada tempo tem seu jeito, cada clima seu sabor,
do verão ao inverno, tudo tem seu valor.
No verão, o sol aquece o pampa e o rincão,
o céu azul, sem nuvens, domina a campanha,
nas tardes quentes, o chimarrão nunca se esconde,
é sombra e é mate, na alma que responde.
Quando o outono chega, o vento muda de tom,
as folhas caem mansas, o campo perde o verdão,
o ar fica fresco, a paisagem se transforma,
e o Rio Grande adormece em sua própria forma.
No inverno, o minuano sopra firme e gélido,
nas manhãs frias, o pampa se faz límpido e sério,
a geada cobre o campo, branquinha a reluzir,
e o gaúcho veste o poncho pra se aquecer e seguir.
Chega a primavera, com flores em cada ramo,
a natureza renasce, em cores que tanto amamos,
o canto dos pássaros e o aroma que paira no ar,
é o pampa em festa, é a vida a celebrar.
Assim são as estações no pago abençoado,
cada uma com seu jeito, cada uma ao seu lado,
o gaúcho vive e sente, no campo ou no rincão,
pois o Rio Grande é alma, é clima e é tradição.
A poesia As Estações do Pago Gaúcho celebra as quatro estações do ano no Rio Grande do Sul, explorando como cada uma transforma o campo e afeta a vida do gaúcho. Com uma linguagem tradicionalista, a poesia descreve o calor do verão, as mudanças sutis do outono, a geada e o frio do inverno e o renascimento colorido da primavera.
Cada estrofe retrata não apenas as características climáticas de cada estação, mas também como elas influenciam o cotidiano e a conexão do povo com a terra.