A Flor Que Não Vingou

Se fez em flor o galho já seco

E seu perfume… o vento espraiou

Quero-quero que nunca se cala

Selou com o silêncio aquele odor.

O verdejar dos campos mudou-se em anil

Refletido-se na lágrima solitária

O silêncio que dali restou

A flor se foi... E o vento ficou.

A solidão do Pampa em definitivo zelou

Por manter em broto, porém viva,

Aquela (proto) flor que não vingou.

Referência:

MALLMITH, Décio. A flor que não vingou (Poema). In Imortais VI – Coletânea da Academia de Letras do Brasil – ALB. Milton José Pantaleão Júnior (Organizador). p. 132. ISBN: 978-65-87099-71-2. Porto Alegre: Alternativa, 2023.