O Rio Grande se levanta

Cruel monstro do lamaçal,

Veio descendo a montanha,

Encheu de barro o curral,

Cobriu de lixo a campanha.

E nessa desleal batalha,

A espada de nada serviu.

Com a pilcha por mortalha,

Cobriu-se o sul do Brasil.

Chimangos ou maragatos,

O mesmo sangue carmesim.

Os caramurus, os farrapos,

Unidos na morte, enfim.

Mas a bandeira persiste,

Vermelho, verde e amarelo.

Cercado de água resiste

O forte potro caramelo.

Por três dias na cumeeira,

Como Cristo o Salvador,

Pendão da grande “peleia”,

Símbolo de luta e de dor.

Mas, essa terra vermelha,

Por esse sangue bendito,

Lembra a Cruz missioneira,

Sacrossanta cruz de arenito.

O Rio Grande se levanta!

Essa é a minha oração.

E o gaúcho trova e canta,

Preservando a tradição.

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 10/05/2024
Reeditado em 11/05/2024
Código do texto: T8060139
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