EU TENHO TEMPO!

Talvez eu tenha um tempo,

para me aquietar no silêncio!

Parece que é chuva ou vento,

com as lições do Juvêncio!

Agora me agarram ao lento,

Chegou o negro Clarêncio!

Tenho tropas por diante,

sigo fazendo o que é bom,

afinal, vou adiante!

Respeito muito teu tom,

e o respeito que vem por antes,

é conhecido aquele som!

Agora, por conclusivo,

minha história hei de contar,

seus gestos são abusivos,

não sei como te falar!

Meu falar é incisivo,

por isso não podes notar!

Tua boca não tem trava,

nenhum lugar pra alugar.

Da janela és uma aldrava,

Que vem a mim te contar!

Esse cuera não estava,

no meu jeito de falar!

Bandido é sujeito proscrito,

do jeito que há de ser,

minha família é sacrossanto rito!

Nunca haverá de padecer,

quem não cuida ao índio contrito,

algum dia haverá de ser!