Rudeza e Realeza do Rio Grande
Quando olho pro Rio Grande,
Uma brasa arde no coração,
É um sentimento sem par,
Algo que rememora a tradição.
E uma angústia tropeira,
Toma conta de mim,
No horizonte...
As campinas se abrem num verde chamativo,
Algo que consome pouco a pouco por dentro,
E traz a galope...
A saudade como peça de nostalgia.
Personificada numa fatídica e intrigante magia,
Que envolve sinestesicamente,
Esta Terra xucra, dura e inóspita,
E que põe a prova qualquer peão,
Que se aventura a nos pagos livres,
Deste valoroso rincão.
O Rio Grande...
Terra mui buena,
Continente perdido de São Pedro,
Entre os paralelos do hemisfério Sul,
Tem na tez do seu gaúcho continentino,
A realeza da mais alta galhardia,
Moldada na rudeza desta Terra,
Povoada e encantos e belezas,
Que é o nosso torrão,
Este sonho de rica cultura,
E enobrecedora tradição.