Carretas de 35
O ranger uníssono das carretas,
Ao romper nas coxilhas da campanha,
Tropeando e abrindo caminho,
Na terra orvalhada úmida.
Retorna ao seu genitor ninho.
Ecoam vozes altaneiras,
Da república de 35,
Que de pago em pago,
Alardeia o valoroso lema...
Liberdade! Igualdade! Humanidade!
Sulcos encharcados na estrada,
O ronco matraqueiro que zune,
Não há lugar longínquo,
A salvo do ouvido imune.
O lindo sonho de liberdade,
Faz ressoar no profícuo coração,
E compõe em prosa e verso,
As façanhas dos gaúchos com devoção.