A mitologia da vida
Entre a verdade e a mentira achou vida anelava,
Entre esferas de feras, achou-se a vida que cativava,
Sobrou para mim toda a má sorte de sortilégios,
Teria mais algum tempo com alguns privilégios.
A vida é uma instância que cresce e aparenta a esperança,
Alivia a ira dos deuses clemencia ou distância,
Entre um dia bom e anos ruins, e esperou-se a festança,
Queria somente uma mão amiga ou companhia.
A mente padeceu, então, o corpo não respondeu,
A alma foi para a habitação dos mortos sem resgate,
A salvação do ser aparentemente não sucedeu,
Santa piedade, se sua voz não e desgastaste.
Viria somente a sua avantajada vitória,
O resto do caminho viria a ser desastrosa estória,
Um conto que nunca contei, era um ser de mitologia,
A vida não mais entenderia ou dignificaria.
O céu, o limite da razão, última fase de fronteira,
Queria saborear pela última vez o gosto tamareira,
Absorver o sentido e o sabor de degustar abnegadamente,
Nascer feliz e sem derrotismo sorriso no dente.
A vida é uma mitologia de sentidos caprichosos,
Não seja covarde e não tenha sentidos mesquinhos nem melindrosos,
Achei a última razão para ter um coração amargurado,
Cada humano tinha o coração petrificado.