A SAGA D´ EL REI MEXIDOS
“Mexidos versus Bolo Rei”
Na fiel Quadra Gloriosa
Brilha uma Estrela triunfante
Tão atraente e primorosa
Qual Epifania cintilante.
Em Dia de Reis do Oriente
Sem destacar os pormenores:
No real Trono à nossa frente
MEXIDOS – El-Rei dos Amores!
Que maravilha, ó gente louca
Que espectáculo de Epifania
Quem não fica com água na boca
Revelada por esta iguaria?
Degustaram Reis estrangeiros
Seu Bolo-rei a estrelejar;
Olvidaram qu´ entre os primeiros,
Estão os velhos Mexidos, sem par.
O brioso José os terá feito
Para agradar à Santa Mãe
Que ao deus Menino dava o peito
Saboreando Mexidos também.
O ouro, o incenso e a mirra
De Baltazar, Gaspar e Belchior –
Que eram das bandas de Palmira –
Nunca aos Mexidos deram temor.
Este El-Rei entre todos os reis –
Qual versus bolo-rei – Mexidos
Às comuns primícias deram leis,
Finas «delícias» dos tempos idos.
A nobre “Epifania” de agora,
Banquete raro em céu azul,
Será sempre p´ la vida fora
Doce manjar de norte a sul.
Nem aletria, nem azevias,
E nem sonhos, nem rabanadas,
“Mexidos” – a melhor das iguarias -
Saboreiam-se p´ las madrugadas…
Esta saga d´ El-Rei Mexidos –
Só pra quem não sabe o que é! –
É o genuíno prazer dos sentidos
Desde a choupana de Nazaré!
Frassino Machado
In INSTÂNCIAS DE MIM