Invejo as flõres ;

 

Invejo as flôres

Que murchando morrem

As aves suspiram cantando

E morrem sem sofrer

Oh/ se eu pudesse amar

Mas nâo agora

Pois a dor mudou meus breves dias

Na mais lenta agonia

De um puro amor

A lânguida saudade

E doce como a làgrima perdida

Que banha um rosto triste ainda

Volta ao passado e chora a vida

E agora o ùnico amor que seria eterno

Que no peito ainda murmura

E acende os sonhos meus

Que lança o luar no meu inverno

E me diz adeus

Quantos sonhos na ilusao da vida

Quantas esperanças restam ainda

Tudo calou-se pela noite eterna

E vaga errante só na treva infinda

Feliz daquele que no livro da alma

Nâo tem folhas escritas

E nem saudade amarga arrependida

Nem làgrimas no rosto caìdas.

 

Maria Socorro Costa
Enviado por Maria Socorro Costa em 11/12/2022
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