AO BATER DO TIÇÃO
Ao grito da gralha
a lavarena se espalha
ao bater do tição
e o sereno da relva
eu encho a cuia de erva
e começo meu chimarrão
sou gaúcho de quatro costado
um peão aquerenciado
no rincão onde nasci
isso parece que foi ontem
bebendo água da fonte
e foi assim que cresci
agora já danço um xote
e campereio ao trote
nas chinocas do meu pago
vou na copa e mando encher
porque preciso beber
um abençoado de um trago
que coisa linda que coisa buena
eu sei declamar um poema
numa carpeta de jogo
que pode ser um truco
eu carteio e retruco
então a coisa pega fogo!
escrito as 07:37 hrs., de 16/09/2021 por