CARRETA DE BOIS

Sacode os cascos gaúcho

de um jeito sem lucho

ao toque de um vanerão

e no intervalo

no momento que me calo

pra tomar um chimarrão

sou da terra fronteiriça

se acaso a carreta enguiça

eu desabrocho os bois

faço fogo e esquento a água

deixo de fora a mágoa

e sigo a viajem depois

vender brutas na cidade

depois volto com saudade

da china véia que me espera

tirando leite e fazendo queijo

ao chegar logo dou um beijo

do jeito de índio quera

planto roça e cuido o gado

tenho meu pingo bragado

e dois matungos tordilhos

tanto no frio como no calor

a china que sempre me deu amor

que resultou numa penca de filhos!

escrito as 07:54 hrs., de 28/08/2021 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 28/08/2021
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