O PLANTIO DA POESIA
A roça que planto
é para mim um encanto
a tela do computador
quando não tem rodeio
aproveito e semeio
na função de plantador
as letras que vão pra tela
pra nascer uma coisa tão bela
e colher os frutos da poesia
espinhaço de ovelha e mandioca
a tarde rola uma pipoca
e beijos de amor de cortesia
talvez eu esteja sonhando
na hora que estou tomando
o chimarrão hospitaleiro
acavalo num tição
dedilhando meu violão
saudade do chão missioneiro
cinquenta e cinco anos atrás
queria ser capataz
namorar a filha do patrão
hoje soluçando de saudade
bebendo o néctar da felicidade
e dozes do veneno da paixão!
escrito as 08:17 hrs., de 05/08/2021 por