PEÃO CHANGUEIRO
Mandioca assada no borraio
e o relincho do meu baio
pedindo ração de milho
a beira do fogo de chão
eu tomo meu chimarrão
esperando do sol seu brilho
primeira estrofe já foi
eu ouço o berro do boi
logo mais vai pra canga
o gosto do beijo da prenda
eu sou um peão de fazenda
precisando de um changa
porque o pila anda curto
então eu me furto
a um serviço de ocasião
que pra isso eu me esmero
ao grito do quero quero
e o ronco do chimarrão
em mil novecentos eu vim
ao galpão coberto de capim
temos o café de chaleira
se monto a cavalo não caio
do lombo do meu pingo baio
aqui na região missioneira!
escrito as 07:34 hrs., de 28/07/2021 por