PEÃO CHANGUEIRO

Mandioca assada no borraio

e o relincho do meu baio

pedindo ração de milho

a beira do fogo de chão

eu tomo meu chimarrão

esperando do sol seu brilho

primeira estrofe já foi

eu ouço o berro do boi

logo mais vai pra canga

o gosto do beijo da prenda

eu sou um peão de fazenda

precisando de um changa

porque o pila anda curto

então eu me furto

a um serviço de ocasião

que pra isso eu me esmero

ao grito do quero quero

e o ronco do chimarrão

em mil novecentos eu vim

ao galpão coberto de capim

temos o café de chaleira

se monto a cavalo não caio

do lombo do meu pingo baio

aqui na região missioneira!

escrito as 07:34 hrs., de 28/07/2021 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 28/07/2021
Reeditado em 28/07/2021
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