A CAPIVARA
Mil novecentos e lá vai fumaça
eu vou a caça
de uma capivara
não sem antes tomar um trago
num bolicho do pago
do Rincão da Taquara
a capivara que falo
me desse bem no gargalo
lava roupa todo o dia
na sanguinha da pedreira
capivara linda inteira
é toda minha alegria
quero caçar e esta manhã eu saio
na garupa do meu baio
cuidar de mim na fazenda
onde trabalho de peão
e é numa cama de galpão
que sempre sonho com a prenda
apelido de Capivara
o motivo de minha tara
num ranchinho no meio do mato
no balanso de uma rede
nós vamos matar nossa sede
com a água benta do regato!
escrito as 08:45 hrs., de 2607/2021 por
Nelson Ricardo Ávila