DEZEMBROS

“DEZEMBROS”

Quantos dias,

De horas ao vento

Pensar, sentir-se pequeno,

Esquecimento...

De um arrependimento de hora,

Arredio à orla

Em que o ardor se devora

Ao que se trama em desejo.

Dos dedos...

Imagino o colocar das mãos,

Em perfeito sereno.

Eu prendo o falar para não ditar

O sentimento a que me estendo,

Ignóbil desrespeito

De quando os olhos

Dão-se servos

Em desérticos remos

E ramos métricos,

Em que repenso

O apalavrar do séquito,

A que me prendo.

Rezo-te por mais que te queira afugentar

Ao vitalizar meus beijos.

Em pelo,

Leva-me água,

Factual,

Tremendo,

Lava-me adaga,

Para um só medo,

Pactual.

Em que não cedo.

Temo ao vitral

Virilizar o vital destempero

Calar-te,

Oh calor,

Para molhar o ar enfermo...

Que distrai o imaginar

Que se trai certeiro

E retrai-se como flor

Em dias de arruaceiros

Em se despistar a corte

Cortesã,

Traio-te ao primeiro raiar de luz

Maçã que brota de bocas

De igual vermelho;

Respirar o mar

Em ar viveiro

Incapaz de inalar

Os pretextos cercos

Para se conquistar por inteiro

O olhar indócil

E ademais,

Afrescos em um ressurgir,

Pretenso.

É demais ao tempo

Que sem se preservar

Retraí os sais

A que pertenço

Para o quê não é mitral

E nem sopro

A que me venço;

A que nem tampouco,

Rendo,

A um tomar

De olhos,

Que lhe são verdadeiros

Verdadeiro e pecaminoso,

E atemporal,

Por ser mais que tenho.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 18/12/2019
Código do texto: T6821895
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