Ode À Lusitânia - Parte I

Dos peitos da Loba se criou um povo

Que agora nos faz enorme tremuda.

Com o alvoroço, o sol nasce novo

E vem o vento, que nos acuda.

Brilha-te o gládio, cegando a esperança.

Surge a legião com sangue no espírito.

Sacode a terra, sabes da matança.

Por entre o tumulto sente-se o grito.

Quando as águas que a tinto se fizera

Pois por tanta carcaça que lhe tombou,

Fez de Nabia, tão pranto, tão efêmera,

A deusa que se renunciou.

Nossas são, planícies da Lusitânia

Que a floresta ainda venera Atégina.

Porém Roma já rainha da Hispânia

Converterá nossa gente latina.

Sérgio Peixoto
Enviado por Sérgio Peixoto em 29/11/2018
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