Ode À Lusitânia - Parte I
Dos peitos da Loba se criou um povo
Que agora nos faz enorme tremuda.
Com o alvoroço, o sol nasce novo
E vem o vento, que nos acuda.
Brilha-te o gládio, cegando a esperança.
Surge a legião com sangue no espírito.
Sacode a terra, sabes da matança.
Por entre o tumulto sente-se o grito.
Quando as águas que a tinto se fizera
Pois por tanta carcaça que lhe tombou,
Fez de Nabia, tão pranto, tão efêmera,
A deusa que se renunciou.
Nossas são, planícies da Lusitânia
Que a floresta ainda venera Atégina.
Porém Roma já rainha da Hispânia
Converterá nossa gente latina.