Gaúcha Tchê

Sou gaucha tradicionalista

me criei em galpão,

Ouvindo trovas de repentistas

enquanto a gauchada tomava chimarrão.

O carreteiro no fogo de chão cozinhava

Para os cavaleiros desgarrados,

enquanto o papai, as garras arrumava

e irem no desfile dos farrapos.

A pilcha, botas, esporas brilhando

tudo estava arrumado,

ha! falta o lenço,branco

as vezes encarnado.

Cavalos encilhados

peiteira, lombilho, pelego

cincha, e os laços pendurados,

e o mango do lado esquerdo.

Eu de vestido de prenda saia

num faitinho enfeitado,

na AV Bento Gonçalves o desfile seguia

com orgulho e amor pelo meu estado.

Na volta era, uma baita correria,

meu pai vinha na frente para fazer o churrasco

as tripas na costela, a barriga vazia

eu sentava o relho, e a eguá batia casco.

O melhor nos aguardava

depois de tiras as garras dos matungos

um bom chimarrão cevava,

com fome, saia resmungos.

Ha!...tchê, se te conto, tu te baba

lá vem a costela de ovelha,

eu esperava sentada

o melhor pedaço, papai dava pra fedelha.

assim é que me criei,

outro dia conto mais

da vida de gaúcha, que amei

que não esqueço jamais.

DIANA LUIS
Enviado por DIANA LUIS em 06/10/2017
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