MEUS VERSOS, MINHAS RIMAS, MINHAS PLANTAÇÕES, OS FANTASMAS DO CASTELO
MEUS VERSOS, MINHAS RIMAS,
MINHAS PLANTAÇÕES,
OS FANTASMAS DO CASTELO
14 de março 2017
I
Por rabiscar versos num papel,
Sou poeta.
Não me importa rimas ricas,
Pobres, raras e preciosas,
E nem métricas,
E nem sentido dos versos.
Nada presta,
A não ser, engatar
Nas palavras o verso.
Basta. Sou poeta.
II
A planta que plantei,
Murchou;
A semente que no solo joguei,
Não germinou;
A transposição do rio
Que outro fez,
Inaugurei.
III
A” ponte do futuro”
Que planejei construir,
O projeto terminou por ruir,
Surgindo em seu lugar,
Uma pinguela para o nada,
Um monturo!
IV
Naquele suntuoso castelo,
Vistoso e tão belo
Que mandei reformar,
Para com a família morar,
Não pude fazê-lo.
Mesmo com todo desvelo
por mim empregado,
Não sabia
Que atormentar-me-ia
Com os fantasmas daquela morada
Que em altas horas da madrugada
Ali estavam a me assombrar,
A me apoquentar,
Escorraçando a mim e minha família
Daquele medonho lugar!