MATILDE
Nessa vida humilde
Eu não sei o que dizer,
Quando escuto o chamado de Matilde
Não sei o que fazer.
Sua voz de espanto
De longa distância pedindo socorro,
Ao sufoco do desencanto
Ela diz para mim ou apelo ou morro.
É um grito de revolta
Do que fizeram com seu povo no passado,
A escravidão racial é resultante da escolta
Que o perseguiram durante o período escravizado.
O brotar da humildade
Não floresce em qualquer coração,
Ao que passaram na anterioridade
É preciso ter cautela para dar o perdão.
 
Matilde é uma jovem coitada
Que foi obrigada,
A aceitar essa triste jornada
De não poder fazer nada.
Não poder defender seu povo
Com um grito de bravura,
A promessa da liberdade lá se vem de novo
Obrigada a viver nessa realidade dura.