Na calma do Rancho

Aqui na calma do rancho

Puxo a memoria do tempo

Casario altas portas e janelas

As canções dos cataventos

e as sombras floridas dos ipês

O tronco das macieiras

Os mistérios do pajonais

Na rubra flor das corticeiras

No jardim da casa grande

florescidas camélias e jasmim

Posam borboletas coloridas

Com sua assas de cetim

O canto sonoro das cigarras

Ressonando pelos confim

Os grilos trinando sobre o capim

Lá no alto das coxilha

A gadaria pastando

Na liberdade dos campos

A potrada retosando

E tarde,o sol vai se escondendo

Por de traz do horizonte

rebanha nuvens cor de vinho

No seu eterno reponte

A lua grade mete a cara

Pra clarear a noite escura

Espiando entre as nuvens

No chão desenha figuras

na sua altivez desliza soberana

Como dama das alturas

Faz sonhar os enamorados

derrama encanto e ternura

enquanto a estrela cadente

risca o céu no infinito

com seu brilho incandecente

deixa um réstia de luz

a sumir por trás dos montes

como se fosse acender o sol

para um novo amanhecer

pra o milagre do sol nascente

ZECADIVINO
Enviado por ZECADIVINO em 27/02/2017
Reeditado em 22/11/2022
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