Baile de Rancho
Ensebei as minhas cordas
Domingo de tardezita
Encilhei um pingo zaino
Pra bem de ver as bonitas
Num ranchito beira chão
Capim de santa -fé quinchado
Um lampião veio campeiro
No interior enfumaçado
O gaiteiro debruçado
Na oito baixo de botão
A carcava uma vaneira
De levanta poeira do chão
Não me parei de rogado
Me agradou uma beiçuda
Graúda linda xirua
Flor de morocha a crinuda
Como diz o mestre Jaime
Tudo que e bom se termina
Vi no semblante da china
Um mistério pra cambicho
Senti cheiro de buchincho
Ajeitei os meus talher
Eu gosto e pago pra ver
Um ruscuio por mulher
Sai ajojado com a china
Sarandeando no salão
Um índio veio ouriçado
Me exigindo explicação
Respondi com um planchaço
Bem na tabua do pescoço
Ate hoje o povo fala
Ficou relampeando o osso
não me assusta cara feia
nem índio do berro grosso
chinoca das mais atrevidas
eu amanso e quebro o retoso
Aproveitando o deixa disso
Roubei a china do moço
Na garupa do meu zaino
Só escutava o alvoroço