Fobia do Claustro
Calcificados foram os séculos
Na história das vestes puídas
Da exumação destes casulos
Demonstrando ossadas ruídas.
Quando o hábito faz o monge
A tal ponto que se faz velhustro
A morte o avista bem de longe
E lhe carrega para último lustro.
A congregação sofre comoção
No embalo do sopro do austro
No púlpito da santificada ação
O pároco adormece no claustro.
Este rito prosseguirá anos a fio
Quanto mais este templo existir
E o solo sacro não ficará vazio
Este rito sempre irá se repetir.