No Palácio da Eternidade
No palácio da eternidade
Não há quartos fechados
Não há paredes limítrofes
Todos transitam em liberdade
As palavras criam os cadeados
Entre versos ou até estrofes
Visto que a verdade nua
Nunca foi impertinente
Posto que jamais foi suficiente
Uma vez em terra firme
Onde feita a realidade
O telhado é feito do céu e lua
Onde a nuvem sua
Não é água de vazamento
É apenas lágrima
Lástima em movimento.
Porque todos sabemos:
Essas paredes
São duras redes
Que depenam as almas
E nessas gaiolas
Nada é confortável
Somente a morte.