A Família
Eu que existo e persisto
Sou sanidade em marcha lenta
Somos medos que insisto
Meu eu diz: Enfim ele aventa!
Não há um som que isenta
A certeza que nasce-se diferenciado
(Mas não reverenciado!)
Nascemos no seio de um meio
Nem sempre somos daquele meio
Somos do universo espiralado
De sonho, pesadelo e pecado
Vivo no varejo, morro no atacado
Mas dos meus iguais estou ao lado!
Não adianta ditar as regras
Vivemos o carma dessa eternidade
Enquanto efêmeros sob o peso da vaidade
Encanto gêneros e plateia por intensidade
De quem nasce sob o signo indomável
Da imortalidade mortal
De quem cresce querendo ser estrela
Da inconsequência moral
Aos gênios o infinito até as estrelas
As nossas irmãs, o prejuízo do espaço
Mas imensuravelmente um traço
De que todo ser especial
Passa um rito de passagem essencial
Para ser querido pelo silêncio da humanidade.