OS AGUAPÉS
Quando, na campeireada da vida,
o guasca troteia solito,
pensando que já viveu tudo
o que diz respeito
às coisas do coração
e, de repente, o destino
levanta um vento norte
que sacode a mala de garupa
e derruba os butiá no chão,
pode ter certeza,
foi uma prenda que soprou
aquele vento.
E o índio fica sem jeito,
não sabe se junta os butiá
ou segura o chapéu.
Sei que conselho quem dá
é madrinha, mas vou arriscar um:
índio véio, apeia,
amarra o cavalo nos galhos
do hibísco da beira do açude
e observa os aguapés.
Eles são como teu pensamento.
Quando se agita
é porque os jundiás
do teu coração se alvorotaram
e já não conseguem esquecer
a prenda.
Quando, na campeireada da vida,
o guasca troteia solito,
pensando que já viveu tudo
o que diz respeito
às coisas do coração
e, de repente, o destino
levanta um vento norte
que sacode a mala de garupa
e derruba os butiá no chão,
pode ter certeza,
foi uma prenda que soprou
aquele vento.
E o índio fica sem jeito,
não sabe se junta os butiá
ou segura o chapéu.
Sei que conselho quem dá
é madrinha, mas vou arriscar um:
índio véio, apeia,
amarra o cavalo nos galhos
do hibísco da beira do açude
e observa os aguapés.
Eles são como teu pensamento.
Quando se agita
é porque os jundiás
do teu coração se alvorotaram
e já não conseguem esquecer
a prenda.