Eu, Amaldiçoado

Eu fui, amaldiçoado

Por Augusto dos Anjos

Fui anonimamente caçoado

Por potestades e arcanjos.

Minha alma não se engana

Ainda que esgotada a mana

Sei do poder deste cajado

Honrado, ainda que assombrado.

Se buscar a inspiração morta

A respiração cerebral corta

Sob a obrigação de dispensar a pena?

Será que minha mão verá gangrena

Se a genial inspiração que me acena

Confunda-se com a psicografia plena?

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 15/02/2016
Código do texto: T5544794
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