Eu, Amaldiçoado
Eu fui, amaldiçoado
Por Augusto dos Anjos
Fui anonimamente caçoado
Por potestades e arcanjos.
Minha alma não se engana
Ainda que esgotada a mana
Sei do poder deste cajado
Honrado, ainda que assombrado.
Se buscar a inspiração morta
A respiração cerebral corta
Sob a obrigação de dispensar a pena?
Será que minha mão verá gangrena
Se a genial inspiração que me acena
Confunda-se com a psicografia plena?