LA NA FRONTEIRA

Como e lindo de se ver

As manhãs la na fronteira

Se ajeitando a peonada

Pra inicia a lida campeira

Depois da roda de mate

O bom cafe de chaleira

Boçal pra pegar cavalo

La no canto da mangueira

A sonância das esporas

Cada campeiro pra seu lado

Acompanha a cachorrada

Pra voltear pontas de gado

Os quero, quero alardeado

Ecoando pelas canhadas

Um touro escarva a terra

Como dono da invernada

rasga espaço o doze braças

Engole as aspas de um brasino

Que refuga do rebanho

Querendo engana o destino

Num golpe seco vira a cabeça

Volta o fugido ao costeio

São coisas que a lida ensina

Na convivência do arreio

Segue o gado a passo lerdo

Pra um pelado de rodeio

E a encontro de cavalos

Se fazendo o campereio

Curando gado bichado

Apartando novilhas falhadas

E se castrando alguns tourunos

Pra não refina a terneirada

E a noite ao fogo de chão

Conta causos a gauchada

Uma pausa pra uma charla

Chora a gaita abagualada

Num mi maior de gavetão

Seguido de versos rimados

Num pinho tinindo as cordas

Um guasca fás o costado

ZECADIVINO
Enviado por ZECADIVINO em 05/01/2016
Reeditado em 13/01/2016
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