LA NA FRONTEIRA
Como e lindo de se ver
As manhãs la na fronteira
Se ajeitando a peonada
Pra inicia a lida campeira
Depois da roda de mate
O bom cafe de chaleira
Boçal pra pegar cavalo
La no canto da mangueira
A sonância das esporas
Cada campeiro pra seu lado
Acompanha a cachorrada
Pra voltear pontas de gado
Os quero, quero alardeado
Ecoando pelas canhadas
Um touro escarva a terra
Como dono da invernada
rasga espaço o doze braças
Engole as aspas de um brasino
Que refuga do rebanho
Querendo engana o destino
Num golpe seco vira a cabeça
Volta o fugido ao costeio
São coisas que a lida ensina
Na convivência do arreio
Segue o gado a passo lerdo
Pra um pelado de rodeio
E a encontro de cavalos
Se fazendo o campereio
Curando gado bichado
Apartando novilhas falhadas
E se castrando alguns tourunos
Pra não refina a terneirada
E a noite ao fogo de chão
Conta causos a gauchada
Uma pausa pra uma charla
Chora a gaita abagualada
Num mi maior de gavetão
Seguido de versos rimados
Num pinho tinindo as cordas
Um guasca fás o costado