AO REVER MINHA INFANCIA
Cuidando gado e cavalo
Na minha infância eu vivia
Guaíba, fazenda santa fé
Onde progresso existia
Muitas léguas de campo
Cavalhadas e gadaria
O galpão de santa fê
E o rancho da moradia
Aos fundos aguada e potreiro
Um ranchito pau a pique
Pra encerrar os terneiros
Ao redor da nossa morada
Um cercado de taquara
E os cinamomos sombreiros
Depois o potreiro boeno
Pra soguear o piqueteiro
La no alto da coxilha
Alem o capão de pitangueira
Uma lavoura bem cuidada
Terra virgem de primeira
Pouco mais de um alqueire
Plantada de milho e mandioca
Pra o mantimento das casas
E a tardinha tratar as vacas
Nos fundos um arvoredo
Capão de mato fechado
A lage de pedra moura
Ate beira do banhado
Onde brotava a nascente
Pra cacimba de água boa
Bem ao ladinho da sanga
Que desaguava a lagoa
A sanga bonita, deslumbrante
a água cristalina escorria
Sombra de ipês e corticeiras
Onde a deusa natureza sorria
ao rever minha infância
Vejo tudo tristonho diferente
Secou a lagoa e a cacimba
A sanga, o banhado a vertente