A Despedida
Chove forte no farol da agrura
No dinamismo podre e sinistro
Onde a lágrima torna-se registro
Do porte de um paiol de loucura.
A angústia tropeça nas idéias
Compara as imotivadas pilhérias
E obnubilam as oculares coréias
O amparar abundante de misérias.
A valentia que morre de fome
Da besta furtiva que manifesta
A galhardia que nos consome
Numa distância assaz indigesta.
Um medo de acordar novamente
Tão cedo e quase nada a saber
Tão pouco e não mais sei caber
No traço da saudade eternamente.