A Despedida

Chove forte no farol da agrura

No dinamismo podre e sinistro

Onde a lágrima torna-se registro

Do porte de um paiol de loucura.

A angústia tropeça nas idéias

Compara as imotivadas pilhérias

E obnubilam as oculares coréias

O amparar abundante de misérias.

A valentia que morre de fome

Da besta furtiva que manifesta

A galhardia que nos consome

Numa distância assaz indigesta.

Um medo de acordar novamente

Tão cedo e quase nada a saber

Tão pouco e não mais sei caber

No traço da saudade eternamente.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 16/12/2015
Código do texto: T5481730
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