Alma Barroca

O coração se prende na alma barroca

na rouquidão da calmaria das trovas

É o trovejar da sede que cede na boca

desemboca oceano de paz que renova.

O cravo toca uma melodia tão serena

que pena, tão pequena, mas profunda

Afunda todos os anseios de uma pena

que acena para cada realidade oriunda.

É a torpeza que a erudição nos causa

pausa - a singeleza nos torna aliviados

É orgulho abraçar a vida como causa

para celebrar toda o padecer já passado.

Passe o tempo que for e assim sendo

corrompendo esta memia ancestral

Enseja o anseio que cada um morrendo

relembrará da harpa e seu som celestial.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 13/12/2015
Código do texto: T5479262
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