Alma Barroca
O coração se prende na alma barroca
na rouquidão da calmaria das trovas
É o trovejar da sede que cede na boca
desemboca oceano de paz que renova.
O cravo toca uma melodia tão serena
que pena, tão pequena, mas profunda
Afunda todos os anseios de uma pena
que acena para cada realidade oriunda.
É a torpeza que a erudição nos causa
pausa - a singeleza nos torna aliviados
É orgulho abraçar a vida como causa
para celebrar toda o padecer já passado.
Passe o tempo que for e assim sendo
corrompendo esta memia ancestral
Enseja o anseio que cada um morrendo
relembrará da harpa e seu som celestial.