BASTOS E VERSOS

Dos bastos fis o meu trono

Na guitarra léguas de versos

Firmando pátria e querencia

pelos confins do universo

e falquejando tronqueiras

De cernes pra os alambrado

Montando potros de lei

E gineteando aporreados

Dei rédeas pros meus asseios

De um dia ter o próprio chão

Meu rancho minha morada

E o galponeiro fogão

Mas as geadas e agostos

Fiseram a melena tordilha

As aranhas teceram rendas

Nas garras da minha encilha

Lembranças tantas parceiro

Do camperear nas coxilha

Onde espalhei os meus versos

E as bem domadas tropilhas

Em sonho ainda me encontro

Os golpeado campo afora

Escuto o rangido do basto

E o berro ao garfiar de espora

ZECADIVINO
Enviado por ZECADIVINO em 29/11/2015
Reeditado em 29/11/2015
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