A Censura
Ela começa pelos olhos
Depois pela mente
E nem sente
Que até mesmo fostes castrado.
Como um animal que gemia
O pensar precisa da eugenia
O pensar vira pandemia
Endêmica para dar graça
Aos nossos censores.
Surge a matemática do terror:
Quanto menores forem as vozes
Maior o silêncio da evolução
Quanto maiores formos (e ferozes)
É o descontrole e a revolução.
A parte irônica:
É comum quem censura
Ser a fragmentação mais burra
De quem sempre ficou calado
Por não ter pensamento
A censura é ultraje histórico
Do cérebro diabólico
que nasceu manco e perdedor.