RONDAS E MADRUGADAS
Letra:Musicada e Gravada por Gustavo Netto,CD, o Sul que Conheço.
Capa Gaucha bem encharcada
Pendurada nos Ganchos do Galpão
Embaralhas ao sopro das rajadas
Das Cinzas mornas enfumaçadas
Que se ergue ao bocejo do Fogão
A Clarear no meu Intimo a Solidão
Como e distante minha Morada
E o Caminho de volta a Querencia
A Madrugada boleia a Perna
Diviso os Campos sobre a estiada
Aos poucos merma a Chuva
Dele bocas aos fletes na estrada
Dois Destino quase iguais
Da Rês e do Tropeador
Só que o Tropeiro vai e volta
E a Tropa não volta mais
Deixa pra traz um rastilho
Em cada final de Jornada
Cinzas e Fogões apagados
De rondas e madrugadas
Sestroso Sol metendo a Cara
Com face de tuna madura
Os relâmpagos se apagaram
No Céu Anil das Lonjuras
Capa Tropeira ainda encharcada
Enfumaçada de Fogão Noturno
Com cheiro de suor de Cavalo
Por sobre a anca do meu Lobuno
Embebendo todo o meu ser
Ao tranco lerdo na Estrada
A Tropa segue mugindo em lamento
Num agouro talvez por nada