CHEIRO DE PAMPA
Trago na Alma Timbrada
Sonatas cheirando a Pampa
Crioulas Orquestrações
De entre choques de Guampas
De Cavalos sovando Basto
Em Rondas e Pastoreios
Como rangido de Taquara
No vai e vem dos Arreios
Foi-se ao vagar dos Anos
Tropeadas e Acampamentos
O Rincho da Bagualada
Rasto de Tropa e Eguada
Que me aguça os Sentimentos
E as tranças da Inspiração
Este Embrião Cristalizado
Tão gusca como a Canção
Nesta toada crioula
De harmonia evocativa
Noite Pampeana e Luar
E Florescer de sempre Vivas
Mesmo um pouco Garreado
Pelas Potreadas da Vida
Minha Cantiga carrega
Uma Alma poeta aguerrida
Neste pontear de Guitarras
De ternas Melodias Pagãs
Coice Xucro de Saudades
Dos Fogões de picumãs
Queima em chama no Peito
Lascas de dor e ausência
Como o Próprio relincho do Pingo
Saudoso ao voltar a Querencia