tropilha aragana

Guardo tempo das estancias

Cavalhadas e recolhidas

Tropa cortando o pago

Tantas chegadas e partida

Rincho de garanhões,eguadas

Conserto xucro de vigor e vida

Aguçando meus nervos guapos

Sinal de alerta pra voltar a lida

Manga feita no canto da cerca

Boçal na mão pra pegar cavalo

Chincha no osso do peito

Cacho atado a canta galo

Encilha feita e cortar o assado

Montar os pingos e parar rodeio

Peões saindo um pra cada lado

Fletes arisco atirando freio

Tinir de espora reboar de cascos

Botas calçadas ,estribos gastos

Pontas de gado vão deixando o poso

Esbarrar de fletes machucando pasto

Capim encharcando fica marca viva

Armada grande como a esperança

O doze braças se arrasta ao chão

Vai o sereno lhe embebendo as traças

São campeiros no fundão de campo

Abrindo peito repontando gado

Emitem ecos que respondem ao longe

Ressonando pelo descampados

Um grito a tempo se despenca o boi

Que se desgarra enganando o cerco

O doze braças nas aguçadas aspas

Brasino estanca de um golpe seco

Matreiro pego volteado no laço

Gadaria em marcha vagamente segue

O sol queimante em céu maragato

Castiga homens mas a tropa e entregue

Oficio e ciência para bons campeiros

São Leis da lida ditando seu jugo

Fiel a tropeada chega a seu destino

Encerra-se a jornada sem um só refugo

ZECADIVINO
Enviado por ZECADIVINO em 14/11/2015
Reeditado em 08/01/2016
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