tropilha aragana
Guardo tempo das estancias
Cavalhadas e recolhidas
Tropa cortando o pago
Tantas chegadas e partida
Rincho de garanhões,eguadas
Conserto xucro de vigor e vida
Aguçando meus nervos guapos
Sinal de alerta pra voltar a lida
Manga feita no canto da cerca
Boçal na mão pra pegar cavalo
Chincha no osso do peito
Cacho atado a canta galo
Encilha feita e cortar o assado
Montar os pingos e parar rodeio
Peões saindo um pra cada lado
Fletes arisco atirando freio
Tinir de espora reboar de cascos
Botas calçadas ,estribos gastos
Pontas de gado vão deixando o poso
Esbarrar de fletes machucando pasto
Capim encharcando fica marca viva
Armada grande como a esperança
O doze braças se arrasta ao chão
Vai o sereno lhe embebendo as traças
São campeiros no fundão de campo
Abrindo peito repontando gado
Emitem ecos que respondem ao longe
Ressonando pelo descampados
Um grito a tempo se despenca o boi
Que se desgarra enganando o cerco
O doze braças nas aguçadas aspas
Brasino estanca de um golpe seco
Matreiro pego volteado no laço
Gadaria em marcha vagamente segue
O sol queimante em céu maragato
Castiga homens mas a tropa e entregue
Oficio e ciência para bons campeiros
São Leis da lida ditando seu jugo
Fiel a tropeada chega a seu destino
Encerra-se a jornada sem um só refugo