Rio Grande amado
Rio Grande amado,
Onde matas e taperas eram antes,
Agora reinam cidades, lavouras e progresso,
Nada detém a civilização e seus excessos.
O desenvolvimento desenfreado aleija a Pampa,
Belezas naturais deterioram-se a vista,
Por conta da indústria e da política populista,
Agindo impensadamente na esteira do impulso.
Quimeras que dominam o diálogo,
Dos homens da lei dos gestores gabaritados,
Apropriam-se do meio ambiente e suas riquezas,
Em nome da modernidade com destreza.
O respeito com a Gaia Terra,
Deve ser a tônica latente do discurso,
O meio sustentável e viável,
Deve ser buscado a todo o custo.
E nos sulcos abertos pelas carretas,
Que irrompiam as coxilhas do Rio Grande,
Esvaeceram-se com o tempo,
E cederam lugar para auto-estradas.
Rio Grande, Rio Grande querido,
Quanta emoção e inspiração me traz,
Nas tuas campinas ainda verdejantes,
A História jaz.