Rio Grande amado

Rio Grande amado,

Onde matas e taperas eram antes,

Agora reinam cidades, lavouras e progresso,

Nada detém a civilização e seus excessos.

O desenvolvimento desenfreado aleija a Pampa,

Belezas naturais deterioram-se a vista,

Por conta da indústria e da política populista,

Agindo impensadamente na esteira do impulso.

Quimeras que dominam o diálogo,

Dos homens da lei dos gestores gabaritados,

Apropriam-se do meio ambiente e suas riquezas,

Em nome da modernidade com destreza.

O respeito com a Gaia Terra,

Deve ser a tônica latente do discurso,

O meio sustentável e viável,

Deve ser buscado a todo o custo.

E nos sulcos abertos pelas carretas,

Que irrompiam as coxilhas do Rio Grande,

Esvaeceram-se com o tempo,

E cederam lugar para auto-estradas.

Rio Grande, Rio Grande querido,

Quanta emoção e inspiração me traz,

Nas tuas campinas ainda verdejantes,

A História jaz.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 21/04/2015
Reeditado em 21/04/2015
Código do texto: T5215447
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