Mateando Saudades
Aqui na beira do fogo
Com este velho porongo amigo
Pois, quando mateio contigo
Sentindo o gosto que tem,
Muitas lembranças me vêm
Sentindo um aperto no peito
A gente até perde o jeito
Começa a galopar o passado
E num trancão desajeitado
Passando a vida em revista
Trazendo á retina da vista
Os corredores, as estradas
Aquelas velhas careteadas
Cruzando o rio cheio
Das domas, do rodeio,
Dos lugares por onde andei
Dos amigos que deixei
Com esta vinda prá cidade
Pois esta barbaridade
Parecia o céu a salvação
Mas, hoje vejo que não.
Cidade pra um velho campeiro
É sinônimo de desespero
Pra quem se criou em galpão.