Soneto do Tempo

O Tempo é tão eterno quanto a morte

Carrega sonhos numa glória viva

Desfaz o sonho, constrói alegria

Meu sentimento triste presencia

Tempo tenaz, sagaz, feroz, contínuo

Está em tudo, bruto, imaculado

Não tem voz, nem ouvido e nem corpo

Mas é dito, sentido e falado

Culpado e salvador de pobres almas

Clamam por teu ímpeto tão solene

Esperam pelo teu julgo clemente

Devir é tua representação

Mas não deixa de ser lindo o desejo

Do deus que todos reclamam: o tempo.

Hugo Jardel. Escrito em 07 de Março de 2012.